Fisioterapia Pélvica: pós-tratamento da Cirurgia de Próstata

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo tumor que mais surge entre os homens. Nesses casos, é necessário que o paciente realize uma cirurgia de retirada do órgão.  

Acontece que, durante o procedimento, parte da uretra e de seu esfíncter interno são retirados. Devido a isso, o paciente pode enfrentar alguns problemas no pós-operatório, como:

  • Incontinência urinária;
  • Disfunção erétil.

Daí a Fisioterapia Pélvica aparece como um tratamento essencial. A especialidade lida com a retomada do funcionamento da pélvis, parte do corpo responsável por sustentar os órgãos baixos, como a bexiga e o intestino. Neste artigo você irá aprender tudo sobre a relação da cirurgia de próstata com a Fisioterapia Pélvica.  

Como funciona a cirurgia de próstata

A cirurgia de próstata é realizada, na maioria das vezes, nos casos de câncer na região. A próstata é uma glândula, mais especificamente localizada abaixo da bexiga, que tem como uma das funções a veiculação dos espermatozoides.

Algumas complicações na área, como o câncer e o aumento da próstata, fazem com que seja necessária a cirurgia de próstata, também conhecida como prostatectomia. 

A cirurgia pode ser realizada de diversos tipos diferentes, durante uma média de 2 horas.

Principais tipos de Cirurgia de Próstata

  • Prostatectomia radical perineal: Esse tipo é realizado a partir de um corte entre o ânus e o escroto, por onde a próstata é removida. Esta técnica é menos utilizada, pois oferece maior risco de impotência sexual;
  • Prostatectomia radical retropúbica: Esta técnica é feita com um corte abaixo do umbigo até o osso púbico. A recuperação desse caso requer o uso de uma sonda vesical por 1 a 2 semanas;
  • Prostatectomia radical por laparoscopia: Nesse caso, o cirurgião realiza diversos pequenos cortes/incisões, que facilitam a introdução de algumas ferramentas especiais para a remoção da próstata. Esse tipo oferece menor perda de sangue, menos dor, além de uma recuperação mais tranquila e rápida;
  • Prostatectomia radical por laparoscopia com robô: Esta técnica utiliza os braços de um robô, controlados por algum médico, através de pequenas incisões no paciente. 

Ainda existem outras alternativas de cirurgia, mas todas para o tratamento do aumento de próstata, também chamado de Hiperplasia Benigna da Próstata. 

Pós-operatório

Assim que a cirurgia é concluída, a depender do tipo de procedimento realizado, o paciente consegue alta depois de 24 horas. No entanto, o período de internação pode durar até 2 dias. 

Quanto à urina, é necessário que fique claro que o paciente não irá conseguir evacuá-la normalmente. Após o procedimento, ele terá um cateter instalado no pênis, que vai atuar na drenagem da bexiga. O paciente deve permanecer com o material durante uma a duas semanas.

Será comum sentir dor na região da cirurgia. Além disso, poderá ocorrer algumas complicações como:

  • Sangue na urina;
  • Dificuldade para urinar;
  • Irritação na urina;
  • Inflamação na próstata;
  • Infecção urinária.

No entanto, vale lembrar que nem todos eles podem acontecer. 

O tempo de recuperação dependerá do tipo de cirurgia a que o paciente foi submetido, portanto consulte o seu médico.

Efeitos colaterais

Não só a cirurgia de próstata, mas todas as cirurgias oferecem riscos. Os principais são:

  • Reação adversa à anestesia;
  • Infecção no local;
  • Dano ao órgão;
  • Sangramento.

Contudo, os riscos são fortemente diminuídos caso você siga os cuidados recomendados pelo seu médico.  

A prostatectomia, especificamente, oferece alguns riscos: incontinência urinária, disfunção erétil, infertilidade e orgasmo alterado.

O homem operado deve se tornar infértil por conta do corte da ligação entre os testículos. Por isso, caso seja a sua preocupação, converse com a (o) médica (o). O orgasmo também pode ser alterado, diminuindo o prazer e reduzindo a quantidade de esperma. 

Nos casos de incontinência urinária e de impotência sexual, um bom tratamento deve ser a Fisioterapia Pélvica.

O que é a Fisioterapia Pélvica?

A Fisioterapia Pélvica busca promover fortalecimento e funcionamento do assoalho pélvico. Esta área do corpo é composta por diversos músculos e ligamentos que sustentam os órgãos baixos. 

Por isso, quando um paciente apresenta alguma disfunção na região, é recomendado o início do tratamento. Nos casos de pacientes que realizaram a cirurgia de próstata, são trabalhadas a área da bexiga e da sustentação de uma ereção peniana.  

Em geral, o tratamento fisioterapêutico busca ser bastante criativo e flexível. Dentro da Fisioterapia Pélvica, por exemplo, são utilizados diversos equipamentos, como os Dispositivos de Biofeedback, que analisam a atividade elétrica de músculos e o Eletroestimulador, que estimula os músculos pélvicos.

Por que procurar um fisioterapeuta pélvico?

Existem outras maneiras de tratar os efeitos colaterais da prostatectomia, como o uso de medicamentos ou a instalação de dispositivos por meio de cirurgias. No entanto, o primeiro deles pode gerar dependência e o segundo pode ser considerado invasivo para algumas pessoas.

De outro lado, a Fisioterapia Pélvica trata de modo a fortalecer os músculos da área. Por isso, as vantagens estão na redução do uso de remédios para ereção, além de um tratamento mais leve e natural. 

A longo prazo, o tratamento fisioterapêutico pode recuperar a qualidade de vida dos homens que passaram pela cirurgia de retirada ou redução da próstata.  


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